A nova redação da Norma Regulamentadora nº 01 (NR01) entra em vigor no dia 26 de maio de 2025. A partir dessa data e até maio de 2026, as fiscalizações terão caráter orientativo, e não punitivo. No entanto, é importante deixar claro: isso não significa que as exigências deixaram de valer.
Entre os pontos que continuam obrigatórios, destaca-se a identificação dos fatores de riscos psicossociais relacionados ao trabalho. E esse não é um tema secundário. Apenas em 2024, o INSS registrou 3,5 milhões de pedidos de licença por diferentes doenças. Desse total, 472 mil foram motivados por questões de saúde mental. Em 2023, esse número era de 283 mil — um crescimento de 68%, representando o maior número da série histórica dos últimos dez anos.
Riscos Psicossociais: Identificar Não É Suficiente
Diante desse cenário, não basta apenas identificar os riscos psicossociais: é fundamental que as empresas tenham um plano de ação eficaz. Agir, controlar e prevenir o adoecimento dos trabalhadores não só protege a saúde e qualidade de vida das pessoas, como também impacta positivamente na produtividade e nos custos operacionais das organizações.
A organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 12 bilhões de dias úteis sejam perdidos globalmente, todos os anos, devido à depressão e ansiedade. Isso representa uma perda de US$ 1 trilhão por ano.
Compromisso Sustentável ou Flexibilização Temporária?
Empresas que realmente têm um compromisso com uma gestão sustentável e responsável não vão mudar sua conduta por conta dessa flexibilização temporária.
Continuarão investindo em prevenção e bem-estar como parte de sua estratégia. Por outro lado, aquelas que apenas visam apenas ter um relatório podem ser tentadas a adiar medidas importantes — um risco que poderá cobrar um preço alto no futuro.
O momento é de avanço. É importante promover ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos — para o bem dos trabalhadores e para o sucesso dos empregadores.